A empresa conhecida como Ferrari, foi fundada em 1929, por um apaixonado pelo automobilismo, chamado Enzo Ferrari.
Desde a primeira temporada oficial de Fórmula 1, em 1950, a Scuderia Ferrari já estava presente. Assim, ela é a equipe mais antiga da F1.
A primeira vitória da Scuderia Ferrari F1, foi no GP da Inglaterra em 1951. Em 1952 Alberto Ascari foi o primeiro piloto da Scuderia Ferrari F1 a conquistar um título mundial.
A Restruturação da Scuderia Ferrari F1
Mesmo com um bom desempenho nos Anos 50 e 60, o começo dos Anos 70, foi tão ruim que havia a ameaça iminente de fechar as portas da Scuderia Ferrari F1. Em 1973, a Fiat entrou como Parceira da Scuderia Ferrari, acompanhado de um jovem, Luca di Montezemolo, escalado como diretor esportivo. Mesmo com todas as mudanças na diretoria, Enzo Ferrari, continuou sendo o Presidente.
Os bons resultados começaram a aparecer para a Scuderia Ferrari F1 em 1975, quando Nick Lauda conquistou seu primeiro campeonato. Nick Lauda conquistou também os títulos de campeão da F1 em 1976 e 1977. Em 1979 a Scuderia Ferrari conquistou mais um título de campeão de pilotos de F1 com Jody Scheckter.
O Período “Sombrio” da Scuderia Ferrari F1
Desde 1979, a Scuderia Ferrari F1 não conseguia projetar um carro que tornasse possível um piloto ser campeão. Por isso, em 1982, a equipe construiu o melhor carro da temporada e poderia ter facilmente dominado o campeonato, se não fossem duas fatalidades.
Na Sessão de Classificação para o GP da Bélgica Gilles Villeneuve bateu em um carro mais lento o que fez seu carro decolar. Ao cair ao chão, o carro de Gilles partiu ao meio e ele foi arremessado para fora do cockpit. Seu corpo foi lançado violentamente em direção ao muro de proteção. Ele morreu no circuito.
Três meses depois, seu companheiro, Didier Pironi, líder do campeonato, fraturou as pernas nos treinos para o GP da Alemanha e nunca mais voltou a correr, restando como único consolo o seu sétimo campeonato de construtores, título que se repetiria ainda no ano seguinte.
Depois disso, houve mais crises técnicas e alguns anos sem vitórias. Para trazer novamente seus “Anos Dourados”, a Scuderia Ferrari F1 contratou o projetista bem-sucedido, John Barnard. John Barnard também projetou os carros McLaren que trouxeram títulos de campeão da F1 à Alain Prost e Niki Lauda.
O novo projeto e a contratação de Gerhard Berger recolocou a equipe entre as vitoriosas em 1987.
Em 1989, a Scuderia Ferrari F1 criou o câmbio semiautomático e contratou Alain Prost no final da temporada, pensando em conquistar o título mundial da F1 em 1990.
Mas nem tudo saiu como previsto. Apesar da excelente dupla de pilotos, Alain Prost e Nigel Mansell, problemas de comando, perturbaram o ambiente no time italiano. Prost queria ser tratado como primeiro piloto. Mansell não aceitava Cesare Fiorio como diretor esportivo. A crise dentro da Ferrari era tão séria que seus pilotos, estavam se dando tão mal, que Nigel Mansell decidiu atrapalhar deliberadamente Alain Prost na largada do GP de Portugal, prensando-o contra o muro.
Alain Prost era a esperança de título da Scuderia Ferrari F1. Esperanças frustradas que se encerraram em 1991, depois de uma passagem conturbada.
Outras crises técnicas se seguiram neste período, até que Luca di Montezemolo foi chamado de volta em 1992, desta vez assumindo a presidência da escuderia. Gehard Berger voltou à equipe e junto com ele, o jovem promissor Jean Alesi fechando a dupla de pilotos daquele ano.
Em 1993, A Scuderia Ferrari passou por uma nova reestruturação. Foi neste ano que Jean Todt, foi contratado como diretor esportivo.
Em 1994, Gerhard Berger encerrou um período de três anos sem vitórias com um ótimo desempenho no GP da Alemanha, e desde então o crescimento da equipe foi constante.
A Era Schumacher – O Fim da Fase Sombria Scuderia Ferrari na F1
Em 1996, o alemão Michael Schumacher e o projetista Rows Brawn, foram contratados para trazer de volta o título de pilotos para a Scuderia Ferrari. Com Michael Schumacher no volante, a Ferrari teve um excelente progresso, porém apenas a partir de 1997, Schumacher pode disputar o título de campeão da F1, mas sem sucesso. No ano seguinte brigou contra a McLaren de Mika Hakkinen até a última corrida, mas saiu derrotado por falhas pessoais. Em 1999, Michael Schumacher fraturou a perna direita num acidente no GP da Inglaterra e ficou de fora da luta pelo título de campeão da F1, tarefa que recaiu sobre o segundo piloto, Eddie Irvine. O irlandês pôde lutar com Hakkinen até a última corrida, mas também falhou. Assim como em 1982, o consolo foi o título de construtores.
Desgastado com a equipe, Irvine deixou a Scuderia Ferrari F1 em 2000 e foi substituído pelo brasileiro Rubens Barrichello, que passou a ser o novo “fantoche vermelho”. Schumacher finalmente trouxe um título de campeão da F1, porém a ajuda de Barrichello, como escudeiro, foi fundamental.
De 2001 a 2004, Michael Schumacher pilotando a Scuderia Ferrari, dominou a Fórmula 1 conquistando sucessivos títulos de campeã de piloto e de construtores. A Ferrari também conquistou dois vices, com Rubens Barrichello em 2002 e 2004.
Em 2005 a equipe teve um dos piores desempenhos dos últimos Anos. Barrichello, cansado de ser tratado como segundo piloto, assim como aconteceu com Irvine, abandonou a Ferrari no fim da temporada, cedendo seu lugar à Felipe Massa, que estreou em 2006. Neste ano a equipe deu um carro à Michael Schumacher suficientemente competitivo, mas erros infantis de Michael fez com que o título de pilotos escapasse por pouco. Novamente, a Scuderia Ferrari F1 se contentou apenas com o título de construtores.
A Nova Era da Scuderia Ferrari na F1
Michael Schumacher se aposentou ao final da temporada da F1 em 2006, dando espaço para a contratação de Kimi Raikkonen, em 2007, que conquistou o título de campeão de pilotos. A Ferrari também conquistou o título de construtores com facilidade, visto que sua principal rival, McLaren, foi desclassificada por espionagem.
A Scuderia Ferrari F1 tinha tudo para ser campeã em 2008 com Felipe Massa, mas sucessíveis erros de estratégias e erros de mecânicos tirou o título do brasileiro. Mesmo assim, por pouco Massa não foi campeão no GP Brasil de pilotos. Mas a Scuderia Ferrari ficou com o título de Construtores daquela temporada, sendo o último título até hoje!
Em 2009, a Ferrari não conseguiu se adaptar com as novas regras estabelecidas a partir daquele ano. Mesmo que Kimi, tenha vencido uma corrida e um pódio de Felipe no GP Inglaterra, no geral a equipe foi mal. Para piorar Felipe Massa, sofreu um grave acidente no GP da Hungria. Mesmo se recuperando, não voltou a correr naquele ano. Para preencher a vaga, foi chamado Luca de Badoer, piloto de testes, que só envergonhou a equipe. Gean Carlo Fisichella foi tirado da Force India, para ocupar o lugar de Badoer, mas também fez muito feio! Michael Schumacher também foi convidado para substituir Felipe, mas sua condição física o fez desistir.
Para a temporada de 2010 da Fórmula 1, Kimi Raikkonen foi trocado por Fernando Alonso, piloto que estreou na Scuderia Ferrari em 2010. Massa retornou também ao seu posto. Os testes pré-temporada mostravam que a Ferrari, seria novamente a grande potência do ano, mas não foi isso que aconteceu. Contudo, na parte final da temporada a equipe se recuperou e novamente colocou um de seus pilotos na disputa pelo título mundial.
Em 2012 a Scuderia Ferrari novamente voltou a brigar pelo título de campeão da F1. Mesmo com um carro muito ruim, Fernando Alonso, com a ajuda direta de Felipe Massa, pôde lutar pelo título de campeão até a última corrida. No entanto, Sebastian Vettel foi melhor e ficou com o título, junto com a RedBull Racing.
Em 2013 os carros da Ferrari iniciaram a temporada da F1 competitivos, mas no decorrer da temporada foi ficando para trás, sendo superada também pela Mercedes e Lotus. Fernando Alonso tem se esforçado muito para manter a equipe no topo.
As relações com Felipe Massa e a Ferrari estavam muito ruins devido a preferência do time para com Fernando Alonso. Massa foi substituido por Kimi Raikkonen, mas as relações para com Fernando Alonso também azedou e ele saiu do time, dando lugar a Sebastian Vettel.
Com Vettel e Raikkonen a Scuderia Ferrari F1 voltou a vencer e disputar o título mundial, mas desde 2014, mesmo com todos os esforços de Sebastian Vettel, a Ferrari não consegue bater a superioridade da Mercedes, liderado por Lewis Hamilton.
As Trambicagens Vermelhas de Ferrari
Entre muitas, as principais ocorreram em 2002 e 2010. Em 2002, a Scuderia Ferrari se envolveu em um dos piores escândalos da história do automobilismo. No GP da Áustria, Barrichello estava na liderança e certamente teria vencido se não fosse uma ordem dada pela equipe, obrigando o piloto a ceder a vitória para Schumacher. De início Rubens recusou a obedecer, mas cedeu nos metros finais em forma de protesto.
Parecia que a Ferrari havia aprendido a lição, mas em 2010 a cena se repetiu e Felipe foi obrigado a ceder sua vitória ao Alonso.
A Scuderia Ferrari apenas recebeu uma relativa pequena multa por parte dos dirigentes da F1. Para piorar, mesmo com todas as provas explícitas de que houve uma ordem à Felipe, Ferrari tentou minimizar a situação e ainda tentou nos induzir a acreditar que não houve nenhuma ordem de equipe.
Assim, os fatos recentes, tem obscurecido as cores vermelhas da equipe mais bem-sucedida da Fórmula 1 de todos os tempos.
Em 2002 e 2010 a Ferrari F1 usou o jogo de equipe de forma totalmente desnecessária. Além de prejudicar a reputação da equipe, manchou de maneira definitiva a nome dos pilotos envolvidos. Em 2012 para ajudar Alonso na disputa do título, a equipe tomou também algumas decisões controvérsias.