Ligier

Criada em 1976 pelo ex-piloto Guy Ligier, a equipe estreou na Fórmula 1 no GP do Brasil daquele ano, alinhando um único carro, guiado por Jacques Laffite. Com um desenho bastante peculiar de suas tomadas de ar, o JS5 ficou popularmente conhecido como "bule de chá".

Ligier Sport: Um início promissor

Seus motores eram os V12 fornecidos pela Matra, e a equipe obteve ótimos resultados logo no ano de estreia, com Laffite conquistando três pódios, sendo um deles em segundo lugar.

A primeira vitória veio no ano seguinte no GP da Suécia e o time parecia fadado ao sucesso. Mas tudo ficou apenas na aparência.

Apesar de altas verbas recebidas do governo francês, os resultados positivos não surgiram com regularidade.

Tendo trocado os motores Matra pelos Ford, a equipe teve sua melhor fase, entre 1979 a 1981, chegando ao vice-campeonato em 1980.

A partir daí, no entanto, a equipe entrou num longo e melancólico declínio.

O agonizante declínio da Ligier

O retorno da Matra, em 1982, foi um desastre, e desde então o time não mais se encontrou. O fundo do poço parecia ter chegado em 1987, quando a equipe Ligier não pôde começar a temporada por não ter fornecedor de motores. Logo na segunda prova a BMW-Megatron acertou a cessão de seus turbos, mas nas quatro temporadas seguintes a equipe ainda enfrentaria mais três trocas de motores.

Entre 1988 e 1990 o poço se revelou mais fundo ainda, com o time chegando a não se classificar em algumas provas, e em 1991 precisando entrar na justiça contra a Larrousse para não ser obrigado a disputar a pré-classificação.

No ano seguinte o governo francês deu mais apoio à equipe de Guy Ligier, utilizando suas influências políticas para que a Renault passasse a ser sua fornecedora de motores.

Uma luz no final do túnel para a Ligier?

Contando com motores de primeira linha a Ligier voltou a crescer lentamente, passando a ocupar um lugar de destaque entre as equipes médias.

No final de 1994, numa jogada astuta, Flavio Briatore comprou a Ligier, a fim de passar o contrato da Renault para a sua Benetton. Feita a transação, Tom Walkinshaw assumiu brevemente a equipe, que, impulsionada pelos motores Mugen-Honda, conquistou uma vitória ocasional no GP de Mônaco de 1996, ainda com ares de "Benetton Junior".

Por fim, a equipe foi vendida à Alain Prost no final de 1996, terminando, assim, o sonho de Ligier ser uma equipe bem-sucedida.

Será que Alain Prost foi tão bem-sucedido como o novo dono da Ligier, agora conhecida como Equipe Prost?