A Fórmula 1 estava muito diferente do que foi um dia. Ela estava começando a ser o que conhecemos hoje. Os circuitos estavam mais lentos, tinham mais áreas de escape e com mais chincanes, como no caso do circuito de Imola.
A Red Bull surgia no cenário automobilístico da Fórmula 1. Esta patrocinava a equipe Sauber. Seus pilotos eram promissores. O motor Mercedes também contribuiu para a boa participação da equipe no campeonato.
A McLaren estava motivada pois a partir deste ano passou também a usar os motores Mercedes, o qual tem usado até hoje. Além dos motores, inovava a aerodinâmica, com a saída de ar em formato de barbatana.
Rubens Barrichello continuava na Jordan. Havia recusado uma oferta da McLaren. Segundo ele, o contrato não deixava claro se era para ser um dos pilotos titulares ou piloto reserva.
No grid, havia uma equipe novata, com uma dupla de pilotos brasileiros: Pedro Paulo Diniz e Roberto Moreno. Moreno trazia sua experiência no desenvolvimento do carro e Diniz trazia o dinheiro, com a empresa de seu pai. Algo muito comum hoje em dia.
Schumacher campeão de 1994 estava mais forte do que nunca, pois seu carro, Benetton, também possuía o poderoso motor Renault. O chefe da equipe, após um golpe, comprou as ações da Ligier e assim conseguiu usar estes motores que antes seria da equipe francesa.
Damon Hill se sentia prejudicado, pois Schumacher só conseguiu o título em 1994, porque jogou seu carro para cima do dele e então queria dar o “troco” no piloto alemão.
Porém a realidade era outra. Schumacher era absoluto nas pistas. Na tentativa desesperada de alcançar o nível de seu rival, Damon Hill frequentemente cometia erros um tanto infantis para um piloto de Fórmula 1.
Mesmo com toda a inovação a McLaren não conseguia ser a mesma de anos atrás. Mansell disputou apenas algumas corridas e depois definitivamente abandonou a Fórmula 1.
Barrichello, embora tenha conseguido subir ao pódio, seu colega de equipe Eddie Irvine, estava mais forte. Os bons resultados de Irvine em 95 certamente contribuiu para ele ganhar uma vaga na Ferrari a partir de 1996.
Schumacher liderava o campeonato com certa medida de facilidade. Mesmo com a rivalidade cada vez mais aumentando, entre Damon Hill e ele, grandes duelos apenas ocorreram poucas vezes, como ocorreu no GP da Bélgica, talvez o melhor do ano.
Seu colega Jonnhy Herbert não conseguia o mesmo desempenho, mas conquistou uma vitória no GP da Inglaterra.
Mesmo com as equipes, Simtek e Pacific, que também se “arrastavam” os pilotos da novata Forte, não conseguia sair da última e penúltima posição. Por isso os carros desta, foram apelidados como “tartarugas amarelas”.
Schumacher foi campeão e tudo na questão de segurança parecia fluir como os chefes da Fórmula 1 queriam, mas no último GP, durante os treinos, Mika Hakkinen bateu muito forte na proteção de pneus e acreditava-se que ele não sobreviveria e assim este seria mais um acidente fatal que história da Fórmula 1. Hakkinen foi levado em estado grave para o hospital, mas para sua própria felicidade se recuperou.
Assim, embora tenha sofrido grandes revoluções na segurança, a partir de 1995, parecia que a Fórmula 1 estava engatinhando rumo à monotonia que conhecemos hoje. No geral não foi um ano empolgante, apesar da rivalidade entre Hill e Schumacher. Mesmo vencendo Irvine por 1 ponto de diferença, Rubens Barrichello cada vez mais se “afundava” na “boca do povo” e as críticas e as piadas aumentavam cada vez mais. Ele terminou o campeonato na 11ª posição.
O ano de 1996 sofreria novas mudanças e a Fórmula 1 cada vez mais assumia o formato que conhecemos hoje.
(Volte para a temporada de 1994)
Resultado final dos seis primeiros bem colocados do Mundial de 1995 |
||||
P. | Piloto | Equipe | Pts. | |
1 | M Schumacher | Benetton | 102 | |
2 | D Hill | Williams | 62 | |
3 | D Coulthard | Williams | 49 | |
4 | J Herbert | Benetton | 45 | |
5 | J Alesi | Ferrari | 42 | |
6 | G Berger | Ferrari | 19 |